Autores Portugueses na Cibercultura


Tendo como foco a literatura portuguesa, selecionamos alguns autores de Portugal que aderiram à ciberliteratura e hoje em dia convivem e trabalham com a tecnologia a seu favor. Veja a seguir.

PEDRO BARBOSA
Nascido em 1948 em Porto, Portugal, Pedro Fernando Pinheiro Barbosa é um escritor, professor e investigador português. É conhecido por ter sido pioneiro na Ciberliteratura e fundador do Centro de Texto Informático e Ciberliteratura da UFP. Pedro Barbosa, foi o primeiro português a criar poemas gerados por computador nos anos 70. O seu livro A Literatura Cibernética 1: autopoemas gerados por computador (Edições Árvore, 1977), no qual divulgou uma escolha de poemas que resultavam de fragmentos de textos de Camões ou Mário Cesariny cujo léxico o computador recombinara, é o verdadeiro aparecimento em Portugal daquilo a que depois foi chamado de literatura electrónica.

RUI TORRES
Natural de Porto, Portugal, Rui Torres é escritor de livros, artigos e outros textos publicados sobre literatura, comunicação e cibertextualidades. Faz trabalhos de escrita criativa digital, poesia digital e/ou ciberliteratura, sendo autor de Poemas no meio do caminho (poesia combinatória animada no computador). Dentre suas formações, inclui-se a Agregação (2013) em Ciências da Informação – Estudos Multimidiáticos (UFP, Porto). Atualmente, Professor Associado com Agregação na Universidade Fernando Pessoa (UFP), leciona seminários de graduação e pós-graduação em comunicação, semiótica, literatura e hipermídia – seus cruzamentos e metodologias. Além de lecionar, Torres também dirige o Centro de Texto Informático e Ciberliteratura da UFP, fundado por Pedro Barbosa.

E. M. DE MELO E CASTRO
Nascido em 1932, Covilhã, Portugal, E. M. de Melo e Castro, nome literário de Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro é um engenheiro, poeta, ensaísta, escritor e artista plástico português.
Destaca-se como um dos pioneiros da Poesia Visual (concreta) em Portugal. Autor de Poética dos Meios e Arte High-Tech (1989). Figura marcante no contexto artístico português dos anos de 1960 e 1970, nas décadas que se seguiram tem-se dedicado a investigar e a espelhar no seu trabalho as relações entre a arte e o desenvolvimento tecnológico. E. M. de Melo e Castro foi particularmente marcante na emergência da poesia experimental em Portugal.

ABRAHAM MOLES
Abraham Moles (1920-1992) foi um engenheiro elétrico e engenheiro acústico francês, além de doutor em física e filosofia. Mesmo sendo francês, Moles em 1990, publicou o livro Arte e computador em português, pela Editora Afrontamento em Portugal. O livro tratava de diversas questões, entre elas a questão da cópia e do original no ambiente computacional, onde afirmou que, diferentemente da cópia, que “dá lugar à degradação do exemplar em relação ao molde inicial, 'a permutação', pelo contrário, constrói uma multiplicidade de formas novas a partir de um número limitado de elementos”.

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